O CIRCO

porque quero ser equilibrista.

Tuesday, April 04, 2006

tu


A ti que amo carinhosamente, de manha, à tarde, à chuva, ao sol...mas porra, como te odeio e que raiva me dás por me teres roubado tanto. Tu! És tu quem eu quero, és tu quem eu amo, és tu quem me irrita, és tu quem me goza, és tu quem me faz falta, és tu quem me engana, és tu!...e só tu para me atirares a uma tal confusão.
Mas não consigo parar! amo-te, desejo-te, quero-te aqui a cantar ao lado do que me resta para te dar, o que me resta depois da batalha. E depois de tanto tiro que levei, ainda sonho contigo antes de fechar os olhos e fico vivo por te ver a caminhar para mim. De repente corres noutra direcção, fico frágil, quase que morro estendido com estilhaços de vidros que partiste e que espalhaste pelo chão onde me deito e repouso. Espancas-me, mas pensas que eu desisto? agarro-te, puxo por ti, encosto-te ao meu peito, sentes a batida quente que ainda resta neste corpo enfraquecido e voltas para mim como se a guerra fosse branca e a primavera interminável, preenchida de paixão. Fico feliz, olho em frente, mas aqueles estilhaços rasgam-me as costas por muito que ande, e por mais que tente volto a cair e quase que morro de novo...haverá cura para tanto ódio?

...eu amo-te...e odeio-te...

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